A definição foi tirada na última reunião do Diretório Estadual e terá desdobramentos na construção de comitês populares contra a privatização
PSOL Pernambuco define combate à privatização da Compesa como prioridade
O Diretório Estadual do PSOL em Pernambuco deliberou como luta prioritária o combate à privatização da Compesa, em reunião realizada no último sábado (14), na Casa Marielle Franco. O partido entende que a resposta para o problema de abastecimento não é a privatização defendida pelo governo do PSDB, mas a ampliação do investimento na empresa pública.
"Vemos exemplos evidentes de que a privatização de empresas públicas torna a vida da população muito mais difícil. A precarização dos serviços e o aumento dos preços são duas consequências certas. A água, como um bem da natureza e cujo acesso deve ser um direito básico, com a privatização vira mercadoria", alertou Samuel Herculano, presidente estadual do PSOL.
Segundo o presidente, o partido vai assumir a vanguarda na luta contra a privatização da Compesa. A deliberação do Diretório Estadual do PSOL em priorizar esse combate será exposta em resolução partidária encaminhada na última reunião e terá consequências no âmbito da comunicação e na construção de comitês populares contra a privatização em todas as regiões do estado.
A discussão da privatização na Alepe
No dia cinco de novembro, a Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) recebeu o presidente da Compesa, Alex Campos, para debater as mudanças defendidas pelo governo do PSDB na empresa. Campos chama de "concessão" a privatização dos serviços de distribuição e processamento de esgoto. O novo modelo de gestão deixaria a distribuição de água a cargo da iniciativa privada.
Nesta terça-feira (17), deputados vão se reunir no Plenarinho da Alepe para instalar a Frente Parlamentar "Em Defesa da Universalização do Saneamento Básico", proposta pelo deputado Joaquim Lyra (PV), presidente da Comissão de Administração Pública. Na proposição da Frente, o deputado argumentou que ela serviria para "acompanhar os desdobramentos" e "ampliar o debate", mas já adiantou sua posição de que o modelo de privatização "pode diminuir muitos problemas de Pernambuco no que diz respeito à água e saneamento", indo de encontro às experiências que precarizaram e encareceram o serviço.
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