Talíria Petrone e Pastor Henrique Vieira, do PSOL do Rio de Janeiro. Créditos: Reprodução/Redes sociais
O PSOL em Pernambuco manifesta sua mais profunda solidariedade e total apoio aos parlamentares Talíria Petrone (líder de bancada do PSOL na Câmara dos Deputados) e Pastor Henrique Vieira, ambos do PSOL-RJ, que foram vítimas de ataques covardes, misóginos e autoritários durante a sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) quando fizeram uso da palavra para dizer o óbvio: que a política de segurança pública baseada na letalidade policial é tão ineficaz quanto prejudicial e danosa para a população que vive nos territórios dominados pelas milícias, pelo narcotráfico e pela ação de uma polícia extremamente violenta.
Durante a reunião, o deputado Bilynskyj — que conduzia os trabalhos de forma abertamente parcial e autoritária — desligou arbitrariamente os microfones dos parlamentares do PSOL, ironizou a deputada Talíria Petrone ao afirmar que “a comissão não é baile funk” e chegou ao cúmulo de dizer que ela não era bem-vinda naquele espaço. Tais gestos não são apenas demonstrações de desequilíbrio e desrespeito, mas de um machismo e racismo estrutural que o PSOL repudia com veemência.
Além disso, Paulo Bilynskyj mentiu descaradamente ao acusar o Pastor Henrique Vieira de “defender o crime organizado”. Essa acusação é tão infundada quanto perversa, e revela o desespero da extrema-direita diante de vozes comprometidas com a segurança pública inteligente, com a vida, a dignidade e os direitos humanos dos moradores dos territórios e também dos policiais que arriscam a própria vida durante operações como a ocorrida no dia de ontem.
O PSOL denuncia o caráter midiático, eleitoreiro e extremamente letal da operação policial no Rio de Janeiro que originou o debate na comissão. Essa ação não combate o crime organizado — apenas aumenta o número de mortos - especialmente entre os mais pobres e negros - sem atingir os verdadeiros chefes do tráfico e das milícias.
A tentativa de responsabilizar o Governo Federal pelo descontrole histórico da violência no estado também é falsa e extremamente oportunista, usada por setores reacionários da política brasileira para mascarar décadas de omissão e conivência com políticas de extermínio, enquanto criam mais um factóide para atacar politicamente o presidente Lula e todo o campo político progressista.
Não é novidade que Paulo Bilynskyj carrega um passado problemático, marcado por episódios graves que colocam em xeque sua conduta ética e moral. É público o caso da morte suspeita de sua ex-namorada, que ele afirma ter se suicidado, apesar das inúmeras inconsistências apontadas na investigação.
Da mesma forma, é amplamente divulgado o episódio em que Bilynskyj agrediu física e verbalmente o jornalista Guga Noblat, do Instituto Conhecimento Liberta, dentro do Congresso Nacional — uma agressão covarde e inaceitável contra a liberdade de imprensa e expressão que o grupo político de Bilynskyj tanto finge defender. Esses fatos reforçam o perfil autoritário e violento do deputado que, lamentavelmente, preside uma comissão que deveria zelar pela segurança da população.
O PSOL Pernambuco reafirma seu repúdio à política de segurança pública ineficiente, assassina e racista implementada pelo governador Cláudio Castro no Rio de Janeiro. O partido defende outro caminho: uma segurança pública que enfrente o crime organizado com inteligência, estratégia e menos letalidade. Isso significa fortalecer o controle de fronteiras; garantir autonomia à Receita Federal para investigar a lavagem de dinheiro, fiscalizar e responsabilizar instituições financeiras que façam “vista grossa” para movimentações suspeitas; e mirar os verdadeiros mandantes do crime — os “peixes grandes” que se escondem em gabinetes parlamentares, empresas e espaços de poder, não nas favelas.
A violência policial, contudo, não é uma exclusividade do Rio de Janeiro. Em Pernambuco, as políticas de segurança equivocadas adotadas nos últimos anos também têm produzido efeitos devastadores. Nosso estado lidera o ranking nacional de crianças mortas por armas de fogo, segundo levantamento recente do Instituto Fogo Cruzado. O mesmo instituto também constatou que no mês de agosto 23 pessoas foram baleadas dentro de suas casas na região do Grande Recife, que registrou um aumento de 350% no número de vítimas de balas "perdidas" no mês de julho, quando comparado ao mesmo mês do ano passado.
Esses números evidenciam que a lógica da bala, da truculência e da vingança não protege ninguém — apenas perpetua o medo e o luto nas periferias, tirando das pessoas mais pobres o direito de viver em paz e de gozar plenamente de sua cidadania.
O PSOL Pernambuco seguirá ao lado de Talíria Petrone, do Pastor Henrique Vieira e de todas as vozes que se levantam contra a barbárie. Seguiremos lutando por uma segurança pública democrática, humana e eficaz, que defenda a vida e não a destrua.
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