PSOL
Jô Cavalcanti

Talíria Petrone e Pastor Henrique Vieira, do PSOL do Rio de Janeiro. Créditos: Reprodução/Redes sociais

Os parlamentares do PSOL sofreram agressões verbais e tentativas autoritárias de silenciamento do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) durante um debate sobre a chacina cometida pela polícia no Rio de Janeiro

PSOL-PE repudia ataques contra Talíria Petrone e Pastor Henrique Vieira, do PSOL-RJ

30/10/25

O PSOL em Pernambuco manifesta sua mais profunda solidariedade e total apoio aos parlamentares Talíria Petrone (líder de bancada do PSOL na Câmara dos Deputados) e Pastor Henrique Vieira, ambos do PSOL-RJ, que foram vítimas de ataques covardes, misóginos e autoritários durante a sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) quando fizeram uso da palavra para dizer o óbvio: que a política de segurança pública baseada na letalidade policial é tão ineficaz quanto prejudicial e danosa para a população que vive nos territórios dominados pelas milícias, pelo narcotráfico e pela ação de uma polícia extremamente violenta.

 

Durante a reunião, o deputado Bilynskyj — que conduzia os trabalhos de forma abertamente parcial e autoritária — desligou arbitrariamente os microfones dos parlamentares do PSOL, ironizou a deputada Talíria Petrone ao afirmar que “a comissão não é baile funk” e chegou ao cúmulo de dizer que ela não era bem-vinda naquele espaço. Tais gestos não são apenas demonstrações de desequilíbrio e desrespeito, mas de um machismo e racismo estrutural que o PSOL repudia com veemência. 

 

Além disso, Paulo Bilynskyj mentiu descaradamente ao acusar o Pastor Henrique Vieira de “defender o crime organizado”. Essa acusação é tão infundada quanto perversa, e revela o desespero da extrema-direita diante de vozes comprometidas com a segurança pública inteligente, com a vida, a dignidade e os direitos humanos dos moradores dos territórios e também dos policiais que arriscam a própria vida durante operações como a ocorrida no dia de ontem.

 

 

O PSOL denuncia o caráter midiático, eleitoreiro e extremamente letal da operação policial no Rio de Janeiro que originou o debate na comissão. Essa ação não combate o crime organizado — apenas aumenta o número de mortos - especialmente entre os mais pobres e negros - sem atingir os verdadeiros chefes do tráfico e das milícias.

 

A tentativa de responsabilizar o Governo Federal pelo descontrole histórico da violência no estado também é falsa e extremamente oportunista, usada por setores reacionários da política brasileira para mascarar décadas de omissão e conivência com políticas de extermínio, enquanto criam mais um factóide para atacar politicamente o presidente Lula e todo o campo político progressista.

 

Não é novidade que Paulo Bilynskyj carrega um passado problemático, marcado por episódios graves que colocam em xeque sua conduta ética e moral. É público o caso da morte suspeita de sua ex-namorada, que ele afirma ter se suicidado, apesar das inúmeras inconsistências apontadas na investigação.

 

Da mesma forma, é amplamente divulgado o episódio em que Bilynskyj agrediu física e verbalmente o jornalista Guga Noblat, do Instituto Conhecimento Liberta, dentro do Congresso Nacional — uma agressão covarde e inaceitável contra a liberdade de imprensa e expressão que o grupo político de Bilynskyj tanto finge defender. Esses fatos reforçam o perfil autoritário e violento do deputado que, lamentavelmente, preside uma comissão que deveria zelar pela segurança da população.

 

O PSOL Pernambuco reafirma seu repúdio à política de segurança pública ineficiente, assassina e racista implementada pelo governador Cláudio Castro no Rio de Janeiro. O partido defende outro caminho: uma segurança pública que enfrente o crime organizado com inteligência, estratégia e menos letalidade. Isso significa fortalecer o controle de fronteiras; garantir autonomia à Receita Federal para investigar a lavagem de dinheiro, fiscalizar e responsabilizar instituições financeiras que façam “vista grossa” para movimentações suspeitas; e mirar os verdadeiros mandantes do crime — os “peixes grandes” que se escondem em gabinetes parlamentares, empresas e espaços de poder, não nas favelas.

 

A violência policial, contudo, não é uma exclusividade do Rio de Janeiro. Em Pernambuco, as políticas de segurança equivocadas adotadas nos últimos anos também têm produzido efeitos devastadores. Nosso estado lidera o ranking nacional de crianças mortas por armas de fogo, segundo levantamento recente do Instituto Fogo CruzadoO mesmo instituto também constatou que no mês de agosto 23 pessoas foram baleadas dentro de suas casas na região do Grande Recife, que registrou um aumento de 350% no número de vítimas de balas "perdidas" no mês de julho, quando comparado ao mesmo mês do ano passado. 

 

Esses números evidenciam que a lógica da bala, da truculência e da vingança não protege ninguém — apenas perpetua o medo e o luto nas periferias, tirando das pessoas mais pobres o direito de viver em paz e de gozar plenamente de sua cidadania.

 

O PSOL Pernambuco seguirá ao lado de Talíria Petrone, do Pastor Henrique Vieira e de todas as vozes que se levantam contra a barbárie. Seguiremos lutando por uma segurança pública democrática, humana e eficaz, que defenda a vida e não a destrua.

 

 

 

 

2025  | Diretório Estadual de Pernambuco | Partido Socialismo e Liberdade - PSOL
CNPJ: 10.737.784/0001-99

Feito por Sitio.App.br