Créditos: Carol Bezerra/Equipe Jô Cavalcanti

Proposta visava instalação de "ilhas de hidratação" nos polos de eventos promovidos pela Prefeitura do Recife

Vereadora do PSOL-PE propõe distribuição gratuita de água no Carnaval, mas bolsonarista impede votação

25/02/25

Em um movimento que coloca em risco a saúde dos foliões, um vereador bolsonarista, do Partido Liberal (PL), pediu vistas dos requerimentos submetidos pela vereadora do PSOL Jô Cavalcanti, que buscavam assegurar a distribuição de água potável gratuita durante o Carnaval. Apesar de previsto pelo regimento da Câmara do Recife, o pedido de vistas do parlamentar, na sessão desta terça-feira (25), adia a votação dos requerimentos para depois do Carnaval e impede a possibilidade de milhares de pessoas terem acesso gratuito à água durante os festejos.

 

Três requerimentos da vereadora estavam na pauta da sessão: dois solicitavam que o poder municipal e o poder estadual instalassem “ilhas de hidratação” nos polos de eventos promovidos pela cidade e pelo Estado durante o Carnaval. O terceiro demandava do PROCON Recife fiscalização mais intensa de camarotes e festas privadas para cumprimento da Portaria nº 44 de 2024, da Secretaria Nacional do Consumidor. A normativa determina a disponibilização de bebedouros ou distribuição de embalagens com água adequada para consumo em shows, festivais e quaisquer eventos especialmente expostos ao calor, em períodos de alta temperatura.

 

“O pedido de vistas feito pelo vereador Thiago Medina ignora a urgência da questão e, na prática, inviabiliza a implementação da medida para este Carnaval. Não estamos falando de luxo, mas de um direito fundamental. O acesso à água é uma questão de saúde pública e defesa do consumidor. Impedir essa votação, na prática, significa expor milhares de foliões ao risco de desidratação, mal-estar e até complicações médicas graves”, afirmou a parlamentar. 

 

 

Com um verão previsto para ser o mais quente da história, segundo meteorologistas, e o consumo elevado de álcool nas festividades, a falta de água gratuita pode ter consequências graves. A morte da estudante Ana Clara Benevides, após sofrer uma exaustão térmica durante um show no Rio de Janeiro, escancarou o problema: a falta de acesso à água coloca vidas em risco. 

 

“Não me surpreende esse tipo de atitude que não leva em consideração as necessidades da população. Esse episódio é mais um que se soma à série de ataques que a extrema-direita tem feito às Cozinhas Solidárias. Bolsonaristas em todo o Brasil estão tentando criminalizar quem alimenta o povo. Impedir a distribuição de água faz parte dessa política de morte da bancada da fome e da sede”, concluiu Jô Cavalcanti.

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