Créditos: Ascom/SIMPERE

Greve foi deliberada pela categoria após assembleia realizada pelo SIMPERE nesta sexta-feira (9)

Professores do Recife deflagram greve após Prefeitura se recusar a cumprir Lei do Piso

10/05/25

O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE) realizou, nesta sexta-feira (9), uma nova assembleia geral que marcou o início da greve na rede municipal de ensino. A reunião ocorreu no Clube Português. Após a deliberação, houve uma caminhada da categoria.

 

A assembleia ocorreu após a última rodada de negociação com a Prefeitura do Recife, realizada na manhã da última sexta-feira, antes da assembleia. A reunião estava prevista para quinta-feira (8), mas foi adiada por motivos de saúde de um dos representantes da gestão municipal.

 

Desde o início da campanha salarial, o processo de negociação tem se mostrado extremamente moroso e frustrante. Em cada mesa, a Prefeitura se recusa a apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria, mantendo-se distante do cumprimento da Lei do Piso Nacional do Magistério e de outros pontos centrais da pauta.

 

Entre as exigências do SIMPERE estão:

 

- Pagamento integral dos 6,27% de reajuste do piso de 2024;Incorporação do reajuste à carreira, para ativos(as) e aposentados(as);

- Reestruturação dos interstícios;

- Garantia da aula-atividade;

- Acréscimo de carga horária para 2025.

 

Até o momento, a gestão João Campos apresentou uma proposta de apenas 1,5% de reajuste retroativo a janeiro, com acréscimo para 2,45% a partir de maio. A Prefeitura apresentou um aumento de R$ 1 no valor do tíquete alimentação. Esses valores são considerados inaceitáveis pela categoria.

 

"A cada reunião a frustração cresce. O governo não negocia de verdade, apenas empurra com a barriga o que é um direito legal da nossa categoria", afirma Jaqueline Dornelas, coordenadora geral do SIMPERE.

 

Para Anna Davi, também coordenadora geral da entidade, a postura da Prefeitura ignora a realidade das escolas e das trabalhadoras. "O que está em jogo não é só o nosso salário, mas a qualidade da educação pública no Recife. A rede segue com estruturas precárias, sem ventilação adequada, com déficit de profissionais e desvalorização. Sem condições dignas de trabalho, não há como garantir educação de qualidade para nossas crianças". 

 

A greve já foi decretada legalmente na última assembleia, na terça-feira (6), e a Prefeitura teve o prazo legal de 72h para se manifestar. Com o esgotamento do diálogo, a categoria decidiu pelas paralisações.

 

Com informações da Assessoria de Imprensa do SIMPERE.

 

 

 

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