Créditos: Ascom/SIMPERE
O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE) realizou, nesta sexta-feira (9), uma nova assembleia geral que marcou o início da greve na rede municipal de ensino. A reunião ocorreu no Clube Português. Após a deliberação, houve uma caminhada da categoria.
A assembleia ocorreu após a última rodada de negociação com a Prefeitura do Recife, realizada na manhã da última sexta-feira, antes da assembleia. A reunião estava prevista para quinta-feira (8), mas foi adiada por motivos de saúde de um dos representantes da gestão municipal.
Desde o início da campanha salarial, o processo de negociação tem se mostrado extremamente moroso e frustrante. Em cada mesa, a Prefeitura se recusa a apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria, mantendo-se distante do cumprimento da Lei do Piso Nacional do Magistério e de outros pontos centrais da pauta.
Entre as exigências do SIMPERE estão:
- Pagamento integral dos 6,27% de reajuste do piso de 2024;Incorporação do reajuste à carreira, para ativos(as) e aposentados(as);
- Reestruturação dos interstícios;
- Garantia da aula-atividade;
- Acréscimo de carga horária para 2025.
Até o momento, a gestão João Campos apresentou uma proposta de apenas 1,5% de reajuste retroativo a janeiro, com acréscimo para 2,45% a partir de maio. A Prefeitura apresentou um aumento de R$ 1 no valor do tíquete alimentação. Esses valores são considerados inaceitáveis pela categoria.
"A cada reunião a frustração cresce. O governo não negocia de verdade, apenas empurra com a barriga o que é um direito legal da nossa categoria", afirma Jaqueline Dornelas, coordenadora geral do SIMPERE.
Para Anna Davi, também coordenadora geral da entidade, a postura da Prefeitura ignora a realidade das escolas e das trabalhadoras. "O que está em jogo não é só o nosso salário, mas a qualidade da educação pública no Recife. A rede segue com estruturas precárias, sem ventilação adequada, com déficit de profissionais e desvalorização. Sem condições dignas de trabalho, não há como garantir educação de qualidade para nossas crianças".
A greve já foi decretada legalmente na última assembleia, na terça-feira (6), e a Prefeitura teve o prazo legal de 72h para se manifestar. Com o esgotamento do diálogo, a categoria decidiu pelas paralisações.
Com informações da Assessoria de Imprensa do SIMPERE.
2025 | Diretório Estadual de Pernambuco | Partido Socialismo e Liberdade - PSOL
CNPJ: 10.737.784/0001-99
Feito por Sitio.App.br