O encontro ocorreu entre os dias 11 e 13 de abril e reuniu ativistas, militantes, artistas e intelectuais do Brasil

Comitiva da Setorial de Mulheres do PSOL-PE descreve experiências no encontro nacional 'Mulheres Em Lutas'

15/04/25

Uma comitiva da Setorial de Mulheres do PSOL Pernambuco compareceu ao encontro nacional 'Mulheres Em Lutas' (MEL), que ocorreu em São Paulo de 11 a 13 de abril. O MEL é uma grande articulação de mulheres que ocupam espaços públicos, que trata sobre temas caros às mulheres, desde violência política de gênero e raça até mudanças climáticas, políticas de cuidado e luta contra apagamento de atuações e bandeiras.


Jô Cavalcanti, Carol Vergolino, Michelle Santos, Ailce Moreira, Raphaela Carvalho, Conceição Cintra e Bia Costa compuseram a comitiva. Elas escreveram um texto, descrevendo as experiências que tiveram no grande encontro nacional MEL. Confira abaixo:

 

 

Comitiva descreve experiências no encontro nacional MEL

 

Nós, mulheres feministas do PSOL Pernambuco, estivemos em São Paulo entre os dias 11 a 13 de abril para participar do MEL – Mulheres em Lutas, um encontro nacional que reuniu ativistas, parlamentares, militantes, artistas e intelectuais de diversas regiões do país. Foram três dias intensos de debate, formação política, articulação de estratégias e, sobretudo, de fortalecimento da nossa unidade diante da escalada do conservadorismo, do neofascismo e dos ataques aos nossos corpos e territórios.

 

Participamos de mesas fundamentais sobre justiça climática, direitos reprodutivos, organização das mulheres negras e enfrentamento à violência política de gênero, temas que estão no centro da agenda da luta feminista e que exigem respostas articuladas e corajosas. O MEL nos mostrou que estamos prontas. Assim como em 2018, no histórico levante do “Ele Não”, é a mulherada que toma novamente a linha de frente, apontando caminhos de resistência, reinvenção e construção de um novo projeto de sociedade.

 

O formato de festival foi um acerto político e simbólico. Ao romper com a rigidez dos seminários tradicionais, o MEL nos ofereceu espaços de afeto, escuta e criação coletiva. Oficinas, rodas de conversa, intervenções culturais e espaços de cuidado se entrelaçaram às falas políticas e nos permitiram respirar enquanto lutamos. Foi, literalmente, um território fértil para cultivar alianças e possibilidades.

 

Mas talvez o momento mais potente tenha sido o anúncio da proposta de fundação de mais um movimento feminista nacional, de esquerda, anticapitalista, antirracista, com amplitude e radicalidade, que nasce já incluindo mulheres trans e travestis como parte constitutiva e inegociável de sua base. Uma construção coletiva que reconhece que não existe emancipação sem diversidade, e que nenhuma revolução é possível sem todas nós.

 

O MEL foi maior do que esperávamos. Superou expectativas, reuniu mais mulheres do que imaginávamos e mostrou que há uma fome de organização, de pertencimento, de luta. Há uma geração inteira de mulheres dispostas a assumir essa travessia histórica e a dizer: não vamos recuar. Se o MEL cresce — e ele tem potência para isso — contribui demais para maior participação de mulheres na política nessa conjuntura sombria. Pode ser o enxame que vira o jogo.

 

2026 já está na porta e precisamos ser muitas mais de nós porque sabemos que não haverá democracia sem as mulheres no poder.

 

 

 

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