Créditos: Giovanni Costa / Alepe

Lideranças fizeram duras críticas ao Executivo sobre a condução de políticas públicas para mulheres no estado

Em audiência na Alepe, governadora Raquel Lyra é cobrada sobre aumento de feminicídios em Pernambuco 

07/05/25

A governadora Raquel Lyra (PSD) foi alvo de críticas contundentes em audiência pública realizada nesta terça-feira (6) na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Com o tema "Aumento do feminicídio em Pernambuco: quais as respostas do poder público?", a audiência foi marcada por cobranças ao governo do estado a respeito não só dos índices, mas também da ausência de execução de políticas públicas voltadas para as mulheres cis e trans do estado. A audiência foi realizada pelas Comissões de Defesa dos Direitos da Mulheres e da Cidadania.

 

De janeiro a abril deste ano, 35 mulheres foram assassinadas, segundo a Secretaria de Defesa Social do estado. Foram 8 vítimas a mais se compararmos os dados no mesmo período de 2024. Rosimere Nery, representante do Levante Feminista contra o Feminicídio, o Lesbocídio e o Transfeminicídio, organização responsável pela provocação da audiência, afirma que o número é ainda maior: 43, neste ano. O levante articula 64 organizações de defesa dos direitos das mulheres em Pernambuco.

 

Em nome da Setorial de Mulheres do PSOL-PE, Michelle Santos, advogada popular, dirigente estadual do partido e presidenta do Diretório Municipal de Caruaru, fez uma fala forte cobrando a governadora Raquel Lyra. "Não cabe ao Estado lamentação, cabe ação. Cabe a nós mulheres lamentarmos, quando as nossas morrem... Raquel Lyra comemorou em 2024 um superávit. Enquanto isso, o orçamento que já é ínfimo para as políticas públicas de prevenção à violência contra a mulher não foi sequer executado", denunciou.

 

 

A deputada Dani Portela (PSOL-PE) trouxe problemas relacionadas às casas-abrigo. Ela informou que, apesar de já ter provocado 13 órgãos, ainda não teve resposta, em mais de um ano e meio. "Há relatos de mulheres abrigadas que sofreram revitimização nesses espaços, passaram fome. E filhos também abrigados que sofreram maus tratos. Nem nesse lugar as mulheres estão seguras", apontou a parlamentar.

 

 

Ausência de secretária do governo é questionada

 

Lideranças questionaram a ausência da secretária da Mulher de Pernambuco e mencionaram a importância da presença da governadora numa pauta decisiva para mulheres do estado. O governou enviou a diretora de Enfrentamento á Violência de Gênero da Secretaria Esstadual da Mulher, Walkiria Alves. A gestora se solidarizou com as experiências narradas e tentou rebater argumentos de ausência de aplicação de recursos e outras críticas. Ela garante que o governo tem buscado fortalecer os organismos que atuam nos municípios. 

 

"Uma das prioridades desse incremento da verba foi estruturar a atuação nos municípios. Todos os organismos de política pública para mulheres estão recebendo mobília e, no segundo semestre, um carro", informou a diretora.

 

 

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