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Ambientalista percorrerá mais de 2.400 km em dois meses e meio para chamar atenção para a mobilidade sustentável e a crise climática.

Militante do PSOL inicia cicloviagem de Recife a Belém rumo à COP30

06/09/25

Mais de 2.400 km separam Recife (PE) de Belém (PA), a cidade que, entre os dias 10 e 21 de novembro, irá sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30). Mas nesse domingo, dia 7 de setembro, a distância a percorrer ganhará um valor simbólico através da manifestação do ambientalista, Fernando Macedo (34). O ativista do movimento Salve Maria Farinha irá realizar uma cicloviagem que pretende ligar o Marco Zero do Recife à capital paraense, atravessando sete estados brasileiros até o local da conferência.


Militante do PSOL, Fernando conta que a ideia surgiu em janeiro deste ano, quando realizou a mesma viagem de carro. Na ocasião, se questionou sobre a falta de modais de transporte não poluentes que conectem os estados e regiões brasileiras. Foi então que decidiu transformar o percurso em um pedal, usando o esforço como metáfora para estimular o debate climático. Com o lema “pedalar pelo litoral é resistir”, ele afirma que cada quilômetro percorrido será utilizado como forma de chamar atenção para as mudanças climáticas e para a necessidade de ações de preservação ambiental.


A escolha da data de partida foi definida em função do 7 de setembro, feriado da Independência do Brasil, simbolizando também a independência de emissões de carbono. “Essa é uma forma de mostrar que é possível fazer longas viagens sem emitir carbono”, afirmou.


A viagem terá duração de dois meses e meio. A rotina envolve pedalar longas distâncias, preparar a própria alimentação, acampar em diferentes cidades e contar com a acolhida de ativistas e movimentos parceiros. Mas a viagem tem grandes obstáculos, sendo a ausência de ciclofaixas em grande parte do percurso, um dos mais preocupantes. “Isso nos coloca numa grande exposição ao trânsito, sobretudo quando não são todos que respeitam o código de trânsito. Esse é um desafio que vamos encontrar porque a maior parte desses mais de 2 mil km não têm ciclovias”.


Na avaliação do ativista, a mobilidade urbana e a justiça climática precisam considerar as desigualdades regionais. Ele cita o local da conferência como exemplo: “A COP está sendo realizada em Belém, uma região carente em saneamento e mobilidade. É preciso pensar a mobilidade de forma coletiva e sustentável, com ciclofaixas e transporte público de qualidade. As políticas públicas existem, mas não são aplicadas”.


O movimento Salve Maria Farinha, fundado por ele, tem como objetivo traduzir pautas ambientais para uma linguagem acessível e ampliar a participação popular. “Nosso papel é trazer assuntos complexos ao entendimento das pessoas, para que elas participem desse processo. É o cooperativismo e o serviço de formiguinha que geram conscientização e envolvimento coletivo.”

 

 

 

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