Militante do PSOL Pernambuco, Dayanna Louise foi convidada a participar do lançamento da Escola de Formação Política Kátia Tapety que ocorreu na Colômbia nos dias 23 e 26 de setembro. A atividade foi realizada pelo Instituto Raça e Igualdade, em parceria com o Grupo de Acción y Apoyo a personas Trans (GAAT) e a Fundación Somos Identidad. O objetivo da iniciativa é capacitar mulheres LGBTI, negras e indígenas para ocupar espaços de poder.
Professora da rede pública de Pernambuco e chefe da Unidade de Educação para as Relações de Gênero e Sexualidades, Dayanna Louise já havia participado da edição brasileira da escola. Na Colômbia, foi convidada para compartilhar suas experiências de formação e atuação junto aos movimentos feministas, negros e LGBTQIA+.
Partindo de uma visão crítica sobre a relação do Brasil com a América Latina, Dayanna viu no lançamento da Escola a necessidade de estreitar de laços.
“Historicamente, o Brasil conserva uma posição imperialista em relação à América Latina. O lançamento da Escola de Formação Política Kátia Tapety na Colômbia aponta para a importância de estreitarmos laços e vozes na promoção de um projeto alternativo de poder, valorizando as experiências de corpos dissidentes que se contrapõem à marcha colonial", aponta a professora.
Kátia Tapety fez história ao se tornar, em 1992, a primeira mulher transexual eleita para um cargo público no Brasil. Natural de Colônia do Piauí, cidade com cerca de 7.500 habitantes a 300 km de Teresina, ela foi eleita vereadora e reeleita por mais dois mandatos, chegando a presidir a Câmara Municipal e a ocupar a vice-prefeitura. Alfabetizada pela mãe às escondidas do pai, Kátia hoje, aos 76 anos e aposentada, reconhece o papel pioneiro que desempenhou ao abrir caminhos para a participação de pessoas trans e travestis na política brasileira e lança uma provocação sobre o futuro: “Será que agora, no Brasil de 2025, também é loucura acreditar que um dia teremos uma travesti na Presidência?”
Além de professora e militante do PSOL Pernambuco, Dayanna Louise é secretária de educação da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e doutoranda em Educação. Ganhou três vezes o Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gêneros, foi homegeada com a Medalha Guerreiras de Tejucupapo, pela OAB-PE, e recebeu o título de cidadã recifense pela Câmara Municipal de Recife, por iniciativa de Ivan Moraes, ex-vereador e pré-candidato do PSOL ao governo de Pernambuco. Recentemente, Dayanna lançou o livro "Sobrevivi para contar: narrativas transvestigêneres na EJA".
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