Créditos: Paloma Luna/Equipe Jô Cavalcanti
O Círculo dos Povos – Edição Pernambuco, realizado nesta sexta-feira (24) na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), reuniu lideranças indígenas, quilombolas, comunitárias, pesquisadores, representantes da sociedade civil e do poder público em um amplo diálogo sobre mudanças climáticas, justiça ambiental e participação popular.
Promovida pelo Ministério dos Povos Indígenas em parceria com o mandato da vereadora do Recife Jô Cavalcanti (PSOL), a atividade integrou a agenda preparatória rumo à COP 30, que acontecerá em 2025, em Belém (PA), e reforçou o papel do Nordeste como protagonista na construção de uma política climática participativa e territorializada.
Entre as pautas levantadas pelos participantes, estiveram a defesa do que resta da Mata Atlântica no estado e da Caatinga, biomas em processo de degradação; e a necessidade de políticas públicas para mitigar os efeitos dos eventos climáticos extremos em contextos urbanos, com foco em comunidades periféricas e áreas de risco.
Foto: Paloma Luna/Equipe Jô Cavalcanti
A ministra Sonia Guajajara, que preside o Círculo dos Povos, destacou a importância de aproximar as vozes dos territórios dos espaços de decisão internacional.
"Esse é um espaço importante e inovador para garantir que a sociedade civil, os povos indígenas, as comunidades tradicionais e os diversos segmentos sociais possam participar de forma ativa e qualificada da construção da COP 30. Um momento de diálogo e escuta, no qual recolhemos as principais demandas e contribuições dos territórios para levá-las diretamente à presidência da conferência. Nosso compromisso é assegurar que as vozes dos povos estejam no centro das decisões sobre o clima", afirmou Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas.
Para a vereadora e pré-candidata ao Senado pelo PSOL-PE, Jô Cavalcanti, a pauta do meio ambiente e do clima não está separada da luta por moradia, por trabalho digno e por comida na mesa.
"Os impactos da crise são diferentes nas comunidades, nas periferias, para os povos da floresta, do campo, para os territórios tradicionais. Por isso, reforçamos que não existe justiça climática sem justiça social. Colocar as demandas das variadas comunidades no centro é fundamental para encontrarmos soluções", explicou.
Foto: Paloma Luna/Equipe Jô Cavalcanti
Estiveram presentes na mesa de debate mediada pela professora de Direito da Unicap Luísa Azevedo, o senador Humberto Costa (PT), Anne Heloise Barbosa, do Centro Brasileiro de Justiça Climática, Joice Paixão líder comunitária da Rede GERA / GRIS Espaço Solidário, o líder indígena Marcelo Xukuru, Eric Moura, representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Valdenice Raimundo, Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UNICAP, e a vereadora de Olinda Eugênia Lima (PT).
Foto: Paloma Luna/Equipe Jô Cavalcanti
Após o debate na universidade, a ministra Sonia Guajajara foi recebida no Festival Literário das Formiguinhas Sem-Teto, no Centro Cultural Violeta Hernandez, na Torre, onde foi homenageada pelas crianças do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
Em seguida, participou de um almoço na Cozinha Solidária do MTST, espaço de segurança alimentar e convivência mantido pelo MTST desde 2021. "A luta pelo clima também passa pela garantia do direito à alimentação, à moradia e à vida digna nas periferias. É importante reforçar a conexão entre a pauta climática e as práticas concretas de solidariedade e sustentabilidade nos territórios populares", afirmou a vereadora Jô Cavalcanti, que é coordenadora nacional do MTST.
Foto: Paloma Luna/Equipe Jô Cavalcanti
O Círculo dos Povos é uma instância de diálogo criada no âmbito da Presidência Brasileira da COP 30, estruturada em duas comissões: a Comissão Internacional Indígena e a Comissão Internacional de Comunidades Tradicionais, Afrodescendentes e Agricultura Familiar. O objetivo é fortalecer a representação de povos e comunidades tradicionais, garantindo que seus conhecimentos e práticas estejam no centro das políticas globais de enfrentamento à crise climática.
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