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29/05/24

ARTIGO: PSOL vem com chapa competitiva para disputar o Legislativo de Recife e combater a extrema direita

Por Samuel Herculano, presidente do PSOL Pernambuco

(artigo originalmente publicado em marcozero.org, com o título O PSOL, as eleições de Recife e a coletividade)

 

 

A disputa na eleição de quadros para o poder Legislativo de uma capital como Recife nunca é uma tarefa fácil para quem faz a luta contra as estruturas de poder hegemônicas. Mas o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Pernambuco tem uma característica fundamental que o faz contornar, em certa medida, as dificuldades e que o torna competitivo: sua coletividade. É ela quem permite ao partido ter feitos inimagináveis com pouca estrutura e, a cada processo eleitoral, surpreender. A coletividade e a diversidade, para o PSOL, não são somente características ou princípios. São, sobretudo, o coração que faz pulsar as lutas e mover todo o corpo partidário em frente.

 

Neste ano eleitoral no Recife, este corpo tem uma chapa competitiva e bastante representativa, que traz fortemente o combate aos problemas sociais, como é tradição da sigla. Com uma formação majoritariamente composta de mulheres e pessoas negras, o PSOL demonstra que é a alternativa da população marginalizada para fazer a disputa eleitoral. Trata-se de um verdadeiro instrumento da classe trabalhadora, da população negra, das mulheres, da população LGBTQIA+, da militância por Justiça Climática e por Igualdade, enfim, trata-se de um instrumento de todas as lutas.

 

Mesmo com a possibilidade de uma liderança importante como Robeyoncé Lima não estar no pleito deste ano, a centralidade da tática eleitoral do PSOL é disputar a Câmara Municipal do Recife, com o objetivo de manter ou ampliar a bancada, que hoje é composta por dois mandatos (Ivan Moraes e Elaine Cristina). Para atingir tal objetivo, a direção partidária vem construindo uma chapa formada por lideranças respeitadas de inúmeros setores da sociedade recifense.

 

Elaine Cristina, por exemplo, mulher negra, mãe atípica e defensora da medicina da maconha, é vereadora e concorrerá à reeleição. O partido também traz duas ex-codeputadas das JUNTAS: Carol Vergolino, militante da cultura e do movimento feminista, e Jô Cavalcanti, liderança nacional do MTST e militante da luta pelo direito à moradia e ao trabalho. 

 

Além delas, o PSOL tem as pré-candidaturas de Nise Santos, que é enfermeira, militante histórica do partido e das lutas antimanicominal e antiproibicionista; Ailce Moreira, jornalista e integrante da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito; Eduardo Paysan, militante LGBTQIA+ e dos Direitos Humanos; Carmem Dolores, professora sindicalista; Yasmin Alves, professora de sociologia, militante feminista e mulher de terreiro; e Uilder Lima, militante anticapacitista e pai atípico. Essas, assim como tantas outras pessoas de luta, têm plenas condições de disputar o Legislativo Municipal com competitividade e manter a representatividade parlamentar do partido.

 

 

Tradição e horizonte

 

A centralidade do PSOL é combater o crescimento da extrema direita em todo o território nacional. O partido visa fortalecer bancadas progressistas e independentes em todo o país. A manutenção ou a ampliação da bancada existente dentro da Câmara do Recife, hoje, faz parte dessa tática nacional de combate à extrema direita, que é absolutamente central. Por isso, a Presidência do PSOL Pernambuco acredita que um dos principais objetivos da pré-candidata Dani Portela, que representa o projeto do partido para a majoritária, será de impulsionar e alavancar ainda mais as candidaturas proporcionais.

 

Mas chegar até aqui, com todo esse acúmulo, não foi de uma hora para outra. O partido faz história em Pernambuco há mais de década e se posiciona, de maneira firme e coerente, a partir não só da conjuntura nacional, mas também das conjunturas estadual e municipal. O PSOL é o único partido com representação parlamentar que sempre fez oposição de esquerda aos governos do PSB em Pernambuco, tanto a nível de estado, quanto de município.

 

Em 2014, o partido conseguiu eleger o primeiro parlamentar estadual, Edilson Silva, homem negro e com historico de luta no estado. No Recife, o PSOL é oposição desde o primeiro governo de Geraldo Júlio, em 2012, antes mesmo de eleger seu primeiro parlamentar municipal. Depois da eleição de Ivan Moraes, em 2016, a atuação qualificada, que é característica do partido, foi levada para dentro do Legislativo. Recentemente, o mandato de Ivan publicou um estudo técnico sobre os gastos da Prefeitura do Recife com propaganda e apontou diversos problemas, qualificando o debate e propondo um uso justo e adequado da verba pública para a comunicação.

 

Em 2018, o PSOL conseguiu eleger as Juntas Codeputadas, a primeira mandata parlamentar coletiva da história de Pernambuco, que tinha uma atuação feminista e antirracista. Em 2020, com uma eleição polarizada com o PSB, Dani Portela foi a vereadora mais bem votada da capital, dobrando a bancada do partido junto com Ivan. Isso ampliou ainda mais a atuação da sigla na Câmara Municipal e possibilitou feitos inéditos. A vereadora Elaine Cristina, que assumiu uma das cadeiras do partido após a eleição de Dani para a Alepe, aprovou, dentre outros projetos e numa conjuntura com elevado grau de conservadorismo, o dia municipal da conscientização sobre o uso da cannabis medicinal. 

 

Vê-se que é absolutamente necessária a atuação do PSOL para a cidade do Recife. Neste ano, como todos os outros anos eleitorais, o partido mostrará sua força, a coletividade, a unidade na diversidade, que permitem ao partido contornar os obstáculos. Se “toda pessoa sempre é as marcas / Das lições diárias de outras tantas pessoas”, como dizia Gonzaguinha, imagine um grande coletivo composto por várias organizações, movimentos e grupos? O PSOL é essa grande marca da população preterida, é o partido de todas as lutas.

 

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